Lédyce Nóbrega

"Agrada-te do SENHOR , e ele satisfará os desejos do teu coração."(Sl 37:4) Meditando nesse versículo esses dias o Senhor ministrou no meu coração algo que começou a clarear várias coisas na minha vida e à minha volta, coisas que ainda não tinha percebido. Nele entendi que Deus apenas realiza nossos desejos mais íntimos quando nos sentimos satisfeitos e completos nEle. Apenas nEle. Quando apenas sua presença nos basta. Vislumbrei assim que é isso que o Senhor tem me ensinado nos últimos tempos. Como tenho compartilhado em alguns posts anteriores, apesar dos meus desejos, sonhos e anseios, decidi que apenas quero buscá-lO e estar com Ele, nada mais. E nesse aprendizado Deus tem semeado no meu coração um amor que nunca antes sentira, algo inexplicável e inexpressível. Quisera eu transcrever em palavras o sentimento que tem brotado e fortalecido em mim. Confesso que como cristã demorei muito tempo para entender o sacrifício de Jesus por nós lá na cruz. Saber eu sabia, m

"Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu."(Sl 43:5) Nos últimos dias estive experimentando do silêncio em minha vida, em todos os aspectos e áreas. Sentia-me como se estivesse a deriva em mar aberto. Não via nada, não ouvia nada, não sentia nada. Quase um coma espiritual e emocional. Algo inexplicável e que nunca sentira antes. Misericórdia! Como sei (racionalmente) que essas crises acontecem comigo quando Deus tem algo para me ensinar, lá fui eu para o altar dEle clamar por respostas e direção. Mas o inesperado aconteceu, nada de respostas, nada de uma direção do Senhor, apenas o SILÊNCIO! Minha alma se angustiou, pois tenho alguns projetos a serem cumpridos nos próximos dias, e precisava muito da providência do Senhor e do Seu direcionamento. Mas apesar do silêncio, senti que Deus estava querendo me ensinar muito mais do que estava acostumada, algo maior, um nível mais a

"É um silêncio que não dorme: é insone: imóvel mas insone; e sem fantasmas. É terrível - sem nenhum fantasma. Inútil querer povoá-lo com a possibilidade de uma porta que se abra rangendo, de uma cortina que se abra e diga alguma coisa. Ele é vazio e sem promessa. Se ao menos houvesse o vento. Vento é ira, ira é a vida. Ou neve. Q u e é muda mas deixa rastro - tudo embranquece, as crianças riem, os passos rangem e marcam. Há uma continuidade que é a vida. Mas este silêncio não deixa provas. Não se pode falar do silêncio como se fala da neve. Não se pode dizer a ninguém como se diria da neve: sentiu o silêncio desta noite? Q u em ouviu não diz. (...) Mas este primeiro silêncio ainda não é o silêncio. Que se espere, pois as folhas das árvores ainda se ajeitarão melhor, algum passo tardio talvez se ouça com esperança pelas escadas. Mas há um momento em que do corpo descansado se ergue o espírito atento, e da terra a lua alta. Então ele, o silêncio, aparece. O coração bate