Chorando com os que choram...

Tenho que confessar que é com lágrimas que escrevo esse post. Algumas rolam pela face, outras brotam do coração e escorem por dentro num caminho ainda mais dolorido que minha fronte. Normalmente não comento no blog sobre tragédias, não por me fazer passiva diante delas, mas talvés por me faltar palavras para descrever tais fatos diante do que sinto. Mas o caso da escola em Realengo no Rio me tocou profundamente. Aliás, creio que a todos nós. 

Se há explicação, então me expliquem! Posso até não entender, quem sabe compreender, não pela justificativa mas pela consciência daquilo que já haviam nos avisado.

Os tempos difíceis que a Bíblia relata já chegaram. E já a algum tempo o mal tem se propagado de maneira ainda mais assustadora na sua forma cruel de agir e usar o ser humano como sua principal arma de destruição.

O inimigo de nossas almas realmente tem vindo ao mundo para matar, roubar e destruir. Mas não só quando consegue concluir um mal avassalador e visível a todos como aconteceu naquela escola. O mal começa a agir bem antes, com muita sultileza e crueldade.

Não quero justificar nada, tão pouco julgar aquilo que não me compete, mas uma coisa incomodou meu coração pensando nesses fatos tenebrosos. Será que alguém em algum lugar um dia tentou apresentar (verdadeiramente) Jesus àquele rapaz?

Não posso nunca afirmar que se isso tivesse acontecido talvés as coisas teriam sido diferentes. Mas pensemos. Aquele massacre começou muito antes das 8h do dia 07 de abril de 2011. Ele começou na mente fraca de um ser humano com as emoções defraudadas. Onde o mal encontrou espaço para se alojar e desenvolver nele pensamentos e sentimentos totalmente contrários ao que Jesus ensina.

Diante da carta deixada por aquele rapaz, me chama atenção ainda o quanto o inimigo é sujo e tem falsamente colocado o nome de Deus nas suas maldades e transgreções. Não é incomum ver pessoas matando em nome de Deus, e isso nos assusta ainda mais. Principalmente áqueles que ainda não O conheceram. Faz com que muitos fiquem até confusos sobre esse 'deus' que eles servem.

Não temos todas as respostas e nunca teremos. Mas diante dos fatos algumas pontos devem ser refletidos além do compadecimento à dor das famílias que perderam suas crianças, ou foram feridas no corpo e na alma com tanta crueldade.

Que o mal existe, nos sabemos. Mas como podemos combatê-lo quando se instala nas pessoas que devemos amar: nosso próximo?

Vocês podem até não entender, mas tenho que dizer que ao me colocar no lugar daqueles pais me doi o coração, um aperto indescritívell. Mas me doi muito também quando me coloco como serva de Deus e penso na vida daquele rapaz, que se perdeu. É muito triste ver um ser humano ser usado pelo mal daquela forma. Foi uma alma que foi levada pelas trevas. Que foi usado pelo inimigo do pior modo, fazendo propagar o mal não só na sua vida como na de muitas vidas. Por isso me compadeço também dessa alma.

Creio que nos compete orar pelas famílias e pessoas envolvidas nesse triste acontecimento, mas também por nossa nação, e para que Deus possa estar nos usando para levar do seu amor, esperança e livramento ao nosso próximo. Talvez isso faça a diferença na vida de alguém, ou até mesmo de muitos.

Fiquem com Deus!

Ósculos santos!

"Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram;" (Rm 12:15)